Employer Branding, Endomarketing, Investimento em Cultura, Responsabilidade social

Conheça os tipos de projetos que podem ser desenvolvidos por uma empresa socialmente responsável

Muito se fala de responsabilidade social e os caminhos que uma companhia deve seguir para afirmar-se como socialmente responsável. Por isso, separamos alguns tipos de projetos sociais para inspirar sua empresa na hora da escolha.

Aqui no blog Parnaxx nós já falamos da importância da responsabilidade social no mundo corporativo e sobre as diversas modalidades de incentivo fiscal que permitem apoiar uma causa sem gastar recursos do caixa da empresa. Mas você sabia que a responsabilidade social vai muito além dos projetos incentivados? É totalmente possível desenvolver uma consciência corporativa e assumir um compromisso com a sociedade de diversas outras maneiras. Siga com a gente para descobrir um pouco mais sobre isso!

Responsabilidade social e suas dimensões

Em um mundo globalizado, onde o mercado se estrutura de modo cada vez mais competitivo e o acesso à informação se torna mais rápido e instantâneo, é de fundamental importância que uma marca saiba como direcionar suas ações de modo que a atividade lucrativa que a norteia não cause (ou reduza ao máximo) quaisquer danos socioambientais

Além disso, não basta apenas adotar posturas, discursos e comportamentos socialmente bem aceitos ou simplesmente cumprir com suas obrigações legais para tornar-se uma marca responsável. É necessário promover ações efetivas em benefício do seu público interno e externo, o que inclui todos os colaboradores, a sociedade e o meio ambiente.

Uma empresa com responsabilidade social tem como valor uma visão ampla do aspecto comunitário que a envolve e preza pelo bem estar de todos que fazem parte de sua cadeia produtiva. Vale lembrar que esses valores devem ser gerados de forma genuína e voluntária, sem carregar qualquer tipo de interesse diretamente ligado à sua promoção. 

Sendo assim, é possível dividir a responsabilidade social em duas dimensões: a interna e a externa.  A dimensão interna é composta pela gestão dos recursos humanos, pela atenção à saúde e à segurança no ambiente de trabalho e pela gestão do impacto ambiental e dos recursos naturais. Já a dimensão externa compreende as comunidades locais e os direitos humanos.

A seguir, iremos utilizar essas duas dimensões para exemplificar tipos de projetos e ações de empresas que deram muito certo no quesito responsabilidade social. 

Gestão dos recursos humanos

Manter os colaboradores motivados e felizes, além  de construir um ambiente de união, harmonia e respeito dentro da empresa é essencial para obtenção de melhores resultados. Portanto, as ações de responsabilidade devem começar com o bem mais valioso que tem uma companhia: as pessoas. 

E não é preciso muito para começar! Uma ação muito simples que pode ser implementada é a criação de um Cantinho da Leitura para os colaboradores a partir da doação de livros, por exemplo. Basta montar uma sala confortável e com boa iluminação para criar um ambiente de interação e proximidade. A ideia ainda pode ser expandida com atividades de contação de histórias tanto para filhos de colaboradores, quanto para a comunidade externa seja durante ou nos finais de semana. 

Existem também diversas associações, projetos sociais e outras iniciativas e organizações que buscam parcerias com empresas para o desenvolvimento de ações em conjunto – é o chamado voluntariado corporativo. Um exemplo é o TETO, instituição dedicada à construção de moradias populares para pessoas socialmente fragilizadas que aceita a participação de colaboradores de empresas em determinados finais de semana. É possível desenvolver parcerias nesse sentido com instituições de diversos setores como educação, saúde, saneamento, meio-ambiente, etc. Basta procurar bem na sua cidade!

Foto – Facebook Teto Brasil 

Atenção a saúde e segurança

Muitas vezes as ações desenvolvidas dentro do ambiente de trabalho podem levar a um certo tipo de desgaste físico e mental. Então atuar com o objetivo de reduzir estes danos também deve fazer parte das atividades de responsabilidade social dentro da empresa e promover ações conjuntas com os colaboradores pode ser um poderoso meio para proporcionar saúde e bem-estar

Implementar ações de ginástica laboral, palestras de conscientização, treinamentos, programas de alimentação saudável e outras atividades com foco na qualidade de vida são algumas das ideias possíveis. Estimular a adesão de campanhas como Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul, também representa um meio de se posicionar nesse sentido. 

Um case é o Grupo Santander, que estimula os colaboradores a se exercitarem pelo menos 15 minutos por dia, além de oferecer programas e informações sobre alimentação e hábitos de vida mais saudáveis. O programa BeHealthy foi implementado em 2017 com o objetivo de atender a essas demandas. 

Foto – Facebook Assessoria Esportiva – Semana Santander BeHealthy (2017)

Gestão de Impactos Ambientais e Recursos Naturais

É de responsabilidade moral e legal, que uma empresa incorpore princípios e práticas de sustentabilidade em sua gestão, atentando para o máximo de redução de danos e desperdícios dentro de seus processos operacionais. O consumo de água, energia, matéria-prima e a gestão dos resíduos são alguns dos fatores que compõem este ponto de atenção. 

Nesse cenário, iniciativas como o estímulo ao uso de copos, canecas, pratos e talheres reutilizáveis, a utilização mínima de papel (se possível reciclado), o abandono do uso excessivo de materiais plásticos e a troca por materiais biodegradáveis são algumas das medidas que podem ser tomadas para reduzir os impactos ambientais causados por uma companhia. 

Um grande case de sucesso que está relacionado com a correta gestão socioambiental é a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, uma ONG mantida pelo Grupo Boticário que promove diversas frentes de conservação e sustentabilidade em todo o território nacional. 

Foto – Facebook Fundação Boticário – Divulgação de websérie sobre a mata atlântica

Comunidades Locais

É necessário atentar para o fato de que o simples funcionamento das grandes empresas gera uma série de mudanças (tanto positivas quanto negativas) na comunidade que está ao redor. Por isso, uma companhia que pretende se posicionar como responsável socialmente também deve olhar para o entorno e atuar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de todos aqueles que fazem parte e vivem nesta região. Ações que tragam a comunidade externa para dentro da empresa, assim como atividades que integrem os colaboradores com a comunidade local são extremamente efetivas.

A Associação Borda Viva mantida pelo Instituto Renault foi criada no ano de 2010 com o propósito de contribuir para o desenvolvimento social e econômico da região em torno da fábrica, beneficiando cerca de 7 mil pessoas. 

A partir de um diagnóstico das necessidades primárias daquela região foram estabelecidas duas diretrizes que norteiam o projeto: segurança alimentar para as crianças da comunidade, garantindo um melhor aproveitamento escolar e a geração de renda e capacitação para as mães, trazendo maior estabilidade econômica para as famílias. 

Foto – Divulgação – Instituto Renault

Direitos Humanos 

Diante dos avanços sociais das últimas décadas em relação aos direitos humanos, as empresas têm sido cada vez mais cobradas por uma postura que seja ampla, igualitária e inclusiva e que atenda a uma abordagem universalmente reconhecida. 

Portanto, também é dever de uma empresa socialmente responsável garantir e proteger os direitos de todos aqueles que fazem parte do seu processo de atuação. Marcas e empresas se caracterizam como poderosos agentes de divulgação e influência e suas ações podem afetar toda uma gama de questões relativa aos direitos humanos, incluindo discriminação, assédio, saúde e segurança, liberdade de expressão, privacidade, e tudo aquilo que compõe os direitos universais. 

Implementar processos, ações e atividades voltadas à garantia de que todos os direitos sejam respeitados e mantidos dentro da companhia faz parte do escopo de obrigações de toda e qualquer empresa. 

A Magazine Luiza é um ótimo exemplo de empresa que carrega uma postura organizacional que busca a inclusão e a acessibilidade. Desde 2013, oferece um programa com treinamentos e incentiva seus colaboradores, a compartilharem experiências e a se sensibilizar pela inclusão da pessoa com deficiência no ambiente de trabalho. E a postura não fica restrita ao discurso, a Magazine Luiza incorporou em seu site ferramentas que auxiliam o cliente portador de deficiência física. 

Foto – Ferramentas de acessibilidade no site da Magazine Luiza

Apoiar a um projeto que tenha como foco atender às questões de direitos humanos também é uma forma de se posicionar e se destacar no mercado como uma empresa forte e socialmente responsável. O Projeto Ruas é um exemplo de associação sem fins econômicos que presta apoio e assistência a pessoas em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro e que recebe o apoio de diversas empresas privadas.

Foto – Site Projeto Ruas

Esse é apenas um resumo que fizemos para ilustrar as inúmeras possibilidades que existem para ajudar a construir uma marca mais consciente e socialmente responsável. Agora já é possível analisar quais aspectos estão sendo atendidos e quais ainda podem ser melhorados dentro da sua empresa.

 

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