Entenda a representação econômica da cultura e porque é importante associar seu negócio a esse mercado
Durante a pandemia de Covid-19 tivemos o bloqueio de quase todos os serviços econômicos pela impossibilidade de sairmos de casa e ter qualquer tipo de interação social, temendo o risco de contaminação. Nesse contexto, o mercado cultural acendeu o alerta para a real possibilidade de uma quebra na sua lógica de negócio. Como fazer shows sem a presença do público? Como ir apresentar uma peça de teatro com a plateia vazia?
Uma legião de produtores, programadores e diretores de festivais e eventos foi obrigada a repensar toda uma lógica de monetização e veiculação de seus trabalhos. Transmissões ao vivo de espetáculos, lives de artistas de suas casas, festivais de cinema por streaming e exposições virtuais têm tomado conta da internet e ajudado a entreter todos nós durante o isolamento, além de gerar retorno para artistas, produtores e empresas patrocinadoras.
Essa capacidade de adaptação e reinvenção do mercado cultural revela também outras características que merecem atenção da sua empresa na hora de preparar o próximo planejamento.
De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) a cada 1 real investido em cultura sua empresa recebe 1 real e 59 centavos de volta – quase 60% de ganho. Vamos entender por quê?
A Representação do Mercado Cultural
O mercado cultural representa hoje 2,5% do PIB anual brasileiro, de acordo com pesquisa realizada pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com o extinto Ministério da Cultura, em 2017. A porcentagem equivale a mais de 170 bilhões de reais gerados por ano.
Outro dado diz respeito ao número de empregos que o setor cultural promove, são cerca de 5 milhões de pessoas ocupadas – 5,7% do total de ocupados no Brasil de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizado pelo IBGE em 2018.
Os números impressionam ainda mais se forem comparados com a quantidade quase nula de resíduos gerados pelo setor. Economia criativa, limpa e rentável, que pode ser a alavanca da retomada gradual do desenvolvimento nacional, como vem se mostrando durante a pandemia através da inovação. Sua empresa não pode ficar fora dessa!
Quais são as possibilidades de investimento em cultura para sua empresa?
Existem algumas frentes que você pode atacar para se inserir no mercado e ainda obter retorno para própria empresa, seja via área de marketing, com patrocínios e investimentos em espetáculos e eventos; área de responsabilidade social, com projetos educativos e de assistência à comunidade; ou via área de recursos humanos, com contrapartidas culturais para os colaboradores.
Porém, no caso de empresas de lucro real, a alternativa do incentivo fiscal parece casar perfeitamente com todas essas necessidades, conectando de forma horizontal todas as áreas citadas acima e ainda reduzindo sua carga tributária.
Vemos que a Lei de Incentivo à Cultura, antiga Lei Rouanet, representa hoje 80% do investimento estatal em cultura, recurso que também corresponde ao valor de isenção fiscal de empresas através da Lei. De acordo com a plataforma Nexo de Investimento Social, que apoia associações do terceiro setor, mesmo com a crise dos últimos anos, a Lei de Incentivo vem gerando mais de 1 bilhão de reais por ano para projetos de todo o Brasil.
Vendo a relevância do incentivo fiscal para mercado cultural e os benefícios que ele pode gerar que tal iniciar esse processo na sua empresa?
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