O 33° Festival de Curitiba começa nesta segunda-feira, 24, com mais de 350 espetáculos e 90% da capacidade dos teatros da Mostra Lucia Camargo já esgotada. O evento conta com apresentações da América Latina e de todas as regiões do Brasil, fato comemorado pelos diretores Leandro Knopfholz e Fabíula Passini, em coletiva na Sala de Imprensa Ney Latorraca, no Hotel Mabu.
Fator importante para que o Festival de Curitiba aconteça é o apoio de patrocinadores e do poder público. De acordo com Leandro Knopfholz, o Festival tem, pela primeira vez, o incentivo das três esferas governamentais (municipal, estadual e federal, e, em especial, a Petrobras). Nas palavras do criador do Festival, isso possibilita trazer diversos espetáculos e transformar Curitiba em uma vitrine.
“Com a presença dessas três instituições, a gente tem a possibilidade de abrir conversas e com antecedência fechar acordos bienais, trienais. Estas parcerias duradouras nos permitem trabalhar com mais tranquilidade e consequentemente, resultados”, evidencia. A edição 2025 é apresentada pela Petrobras, Caixa Cultural, Prefeitura de Curitiba, Sanepar e Sebrae Nacional.
Expectativa para a edição
Os diretores do Festival de Curitiba participaram de uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (24.03) no Hotel Mabu, e prometeram duas semanas intensas e uma programação única. A abertura irá ocorrer no Teatro Positivo, com apresentação do carnavalesco Milton Cunha. O marco da noite será a exibição do espetáculo “Os Mambembes”, que tem no elenco os atores Cláudia Abreu, Deborah Evelyn, Julia Lemmertz, Leandro Santanna, Orã Figueiredo e Paulo Betti. A peça é uma comédia baseada no clássico texto de Artur Azevedo, escrito em 1904.
“Acho que nada mais lindo que abrir o Festival com uma homenagem às pessoas que fazem essa arte maravilhosa. E como é um mambembe, ele é um espetáculo de rua que foi adaptado para o teatro. Eu acho que ele tem um pouquinho de circo, um pouquinho do Mish Mash, e da comédia do Risorama. Ele tem um pouco de tudo que o Festival traz”, finaliza.
Empregabilidade e desenvolvimento
Ao longo de duas semanas, cerca de 1,8 mil artistas, técnicos e profissionais da cultura irão participar diretamente da edição 2025, sendo aproximadamente 600 deles de fora da capital, subsidiados pela organização do evento. Além disso, há aqueles que participam do Circuito Independente e vêm por conta própria ou por meio das empresas/companhias a que pertencem. Todos esses profissionais se hospedam, frequentam restaurantes e contribuem ativamente para a movimentação da economia local.
O impacto econômico é outro destaque. Estimativas da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), do Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos (SINDIPROM-PR) e da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares (Feturismo) apontam que, para 2025, a movimentação financeira gerada pelo evento deve chegar a R$ 50 milhões, um crescimento expressivo em relação ao ano anterior. Esse valor beneficia diretamente a cadeia do turismo e serviços, aumentando a arrecadação municipal e impulsionando a economia criativa da região.